sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ritmos de brasilidade (especialíssmo BOSSA -NOVA)


A história da bossa nova
FONTE: prefeitura do RJ


A bossa nova nasceu em Ipanema, no Rio de Janeiro, e ganhou o mundo.

O movimento musical conhecido como bossa nova surgiu na década de 50, no Rio de Janeiro. Nesta época, jovens que moravam em Ipanema tentaram misturar as raízes do samba com o improviso e a modernidade do jazz norte-americano. O resultado foi um dos mais deliciosos ritmos da Música Popular Brasileira, reconhecido no mundo inteiro.

Marco - O lançamento do disco Canção do Amor Demais, gravado em 1958, por Elizeth Cardoso e João Gilberto, é o marco na popularizarição do ritmo que nascia. Com músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, levou ao grande público a batida e o violão que caracterizam a bossa. Em pouco tempo, a novidade se espalhou, com apresentações de Chico Feitosa, Sylvia Telles, Nara Leão e Baden Powel, entre muitos outros.

Mundo - Em 1960, ficaram na história os shows realizados na Faculdade de Arquitetura e na Pontíficia Universidade Católica (PUC), no Rio. Em 1962, a bossa nova já estava em cartaz no Carnegie Hall, em Nova York, encantando o mundo.

Gíria - A palavra bossa era uma gíria usada na época. A pessoa com bossa era uma pessoa com jeito especial. A bossa nova era um novo jeito de tocar. O ritmo nasceu nos botecos, praia e ruas de Ipanema, bairro em que viviam os pais do novo ritmo. O movimento musical virou até estilo de vida, traduzido com maestria nas poesias e músicas de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, Toquinho, Joyce e Nara Leão, Roberto Menescal, Emílio Santiago, entre tantos outros.


Quer saber mais? Bossa Nova

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ritmos de brasilidade (especial - SERTANEJO - 2)



Tonico e Tinoco formaram umda dupla que estreou por volta da década de 40. Ícones da música sertaneja, influenciaram muitas duplas e ainda hoje são lembrados como referência na "moda de viola".

Quer saber mais? Tonico e Tinoco

Ritmos de brasilidade (especial - SERTANEJO)

No Brasil, denomina-se música sertaneja o estilo musical autoproclamado herdeiro da "música caipira" e da moda de viola, que se caracteriza pela melodia simples e melancólica; muitas vezes é chamada de música do interior. Hoje em dia, o termo música sertaneja vem, aos poucos, sendo substituído pelo termo música country devido à influência da música country norte-americana que a indústria brasileira está usando como novo segmento comercial na televisão e na indústria de gravação.[1]

O adjetivo "sertanejo", originalmente, refere-se à cultura nordestina, do interior, que encontrou vegetação e clima hostis, além da dominação política dos "coronéis", obrigando a desenvolver uma cultura de resistência, do matuto, legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga. Difere-se da cultura caipira, originária na área que abrange o interior de São Paulo e os Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado.

É conhecida como "Caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga Moda de viola. Os caipiras, ou sertanejos, às vezes duplas ou solo, utilizavam instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como viola, acordeão e gaita. Cornélio Pires é o primeiro grande promotor desta música, foi ele o primeiro a conseguir, em 1928, que este estilo entrasse para a discografia brasileira, sendo considerado o precursor dos sertanejos da chamada cultura de massa. Ele gravou vários discos e popularizou a música caipira no Brasil.

No entanto, a partir da década de 1980, tem início uma exploração comercial massificada do estilo "sertanejo", somado, em muitos casos, à uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Surgem inúmeros artistas, quase sempre em duplas, que são lançados por gravadoras e expostos como produto de cultura de massa. Esses artistas passam a ser chamados de "duplas sertanejas". Começando com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, uma enxurrada de duplas do mesmo gênero segue o fenômeno, que alcança o seu auge entre 1988 e 1990.

Em seguida, começa uma decadência do estilo na mídia. A música sertaneja perde bastante popularidade, mas continua sendo ouvida principalmente nas áreas rurais do Centro-Sul do Brasil.

No entanto, no início da década de 2000, inicia-se uma espécie de "revival" desse estilo, principalmente devido ao sucesso de duplas, como Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, Edson & Hudson e, mais tarde, Jorge e Mateus, Victor & Leo e César Menotti & Fabiano, e sua ampla divulgação na mídia, sobretudo a televisiva.

Ao longo dessa evolução, evitou-se cuidadosamente o termo "caipira", que era visto com preconceito nas cidades grandes. O estilo "sertanejo", ao contrário da música caipira, tem pouca temática rural para poder agradar a habitantes de cidades grandes.

A música rural que mantém seus temas, (feita por Cornélio Pires, João Pacífico, Tonico & Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Liu e Léu, Pena Branca & Xavantinho, Zé Fortuna & Pitangueira, entre outros), para se diferenciar da música sertaneja, passa a se denominar então de "música de raiz", querendo dizer, com isso, que está ligada verdadeiramente às suas raízes rurais, à moda de viola e à terra, ao sertão, pois o termo "bens de raiz" significa as propriedades agrícolas.

Recentemente (1999) , o compositor Renato Teixeira compôs a música "Rapaz Caipira", como crítica aberta à "música sertaneja" e fazendo renascer a expressão "música caipira".

A Música Sertaneja, assim como vários outros estilos de música, pode ser subdivido em vários sub-gêneros, alguns até mesmo muito diferentes entre si.Entre os principais estão:

* Caipira ou de Raiz
* Sertanejo Romântico
* Country Music
* Sertanejo Universitário

fonte: site wikipedia

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ritmos de brasilidade (especial SAMBA - 2)

Resolvi colocar aqui uma música que, pra mim, diz muita coisa sobre a cultura brasileira (e por sinal, ótima crítica). A letra dispensa maiores explicações.

Senhoras e senhores, recebam com aplausos, Jakcson do Pandeiro:






Chiclete Com Banana*

Eu só boto o bip-bop
No meu samba
Quando Tio Sam pegar no tamborim
Quando ele pegar no pandeiro
E no zabumba
Quando ele aprender
Que o samba não é rumba
Aí eu vou misturar
Miami com Copacabana
Chicletes eu misturo com banana
E o meu samba vai ficar assim

Tirurururiruri bop-be-bop-be-bop
Quero ver a grande confusão
É o samba-rock meu irmão

Mas em compensação
Eu quero ver um boogie-woogie
De pandeiro e violão
Eu quero ver o Tio Sam
De frigideira
Numa batucada brasileira


[*Chiclete com Banana,de autoria de Gordurinha e Almira Castilho foi gravada por Jackson do Pandeiro em 1959. Foi regravada em 1972 por Gilberto Gil em seu disco "Expresso 2222"]

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ritmos de brasilidade (Especial SAMBA)

Falar de Brasil e música e não falar de samba chega a ser uma heresia. Concordo que nem só de samba é feito o Brasil, mas que ele pulsa forte, ah isso pulsa! Por causa disso, esse ritmo merece um post especial.

Créditos para o site sua pesquisa:
Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.

As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.
No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.
Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba:

Samba-enredo
Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.

Samba de partido alto
Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.

Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.

Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.

Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .

Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.

Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.

Dia Nacional do Samba
- Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba

Ritmos de brasilidade

Existe povo mais animado que o brasileiro?
Bom, eu não conheço o povo lá fora mais conheço o daqui e posso afirmar que o brasileiro é animado demais. Anfitriões acalorados, cheio de musicalidade... Não é à toa que os "gringos" que aqui chegam se encantam! E não é por menos que as nossas músicas acabam se inserindo na ideia de "país tropical" (tema que merece um post mais tarde).

E pra começo de conversa, vamos falar de ritmos e músicas:
Com os devidos créditos para o site UOL:

Ritmos do Brasil

Samba, frevo, maracatu, forró, baião, xaxado etc

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução

Xilogravura de Jota Borges: um retrato do forró por um artista popular nordestino

"O Brasil é um absurdo/ Pode ser um absurdo/ Até aí tudo bem/ Nada mal/ O Brasil é um absurdo/ Mas ele não é surdo/ O Brasil tem um ouvido musical/ Que não é normal..." Com estes versos irônicos, o compositor baiano Caetano Veloso faz um elogio à musicalidade da cultura brasileira.

De fato, o país é muito rico em ritmos musicais, que aqui se originaram e se tornaram conhecidos internacionalmente. O samba, por exemplo, juntamente com o futebol, é uma das expressões mais conhecidas do Brasil no exterior. Mas o samba é somente um de nossos típicos ritmos musicais, que ainda incluem o frevo, o maracatu , o baião... Vamos conhecer a seguir alguns desses ritmos.

Frevo

Vale transcrever a definição que Câmara Cascudo dá a essa dança de rua e de salão: "é a grande alucinação do carnaval pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frenético, que é a sua característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a ferver. E foi dessa idéia de fervura (o povo pronuncia 'frevura', 'frever', etc.), que se criou o nome de 'frevo'." A coreografia é improvisada e quase acrobática, executada originalmente com roupas coloridas e uma sombrinha. Não se pode deixar de mencionar que, a partir da década de 1970, o frevo ganhou espaço também no carnaval baiano: Caetano Veloso e Gilberto Gil compuseram diversos frevos, a serem executados em trios elétricos.

Maracatu

Tem origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os reis do Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas igrejas, em que depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição religiosa se perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas conservou elementos próprios, diferentes dos de outros cordões ou blocos carnavalescos. À frente do grupo vão rei e rainha, príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Não há enredo. Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O ritmo surgiu em Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do Nordeste.

Forró

O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro", segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua origem um baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o xaxado. Nesse sentido, também era conhecido como "arrasta-pé" ou "bate-chinela". O forró, hoje, é praticamente um gênero musical que engloba os ritmos acima mencionados. Sua origem é o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são basicamente a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba.

Alguns estudiosos atribuem a origem da palavra forró à pronúncia abrasileirada dos bailes "for all" (para todos), que, no começo do século, os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, promoviam para os operários em Pernambuco, na Paraíba e em Alagoas.

Baião, xote e xaxado

O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.

O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle".

Coco, lundu e maxixe

Outra dança tradicional do Nordeste e do Norte, o coco, tem origem incerta: alguns dizem que veio da África com os escravos, e há quem defenda ser ela o resultado do encontro entre as culturas negra e índia. Apesar de freqüente no litoral, o coco teria surgido no Quilombo dos Palmares, a partir do ritmo em que os cocos eram quebrados para a retirada da amêndoa. A sua forma musical é cantada, com acompanhamento de um ganzá ou pandeiro e da batida dos pés. Também conhecido como samba, pagode ou zambê, o coco originalmente se dá em uma roda de dançadores e tocadores, que giram e batem palmas.

Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18. Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe. Este apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta de 1902.

Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos que introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo. Este compõe-se de uma série de cantos e dança, ao som de triângulo, cabaça e tambores.

Além do folclore

Se os ritmos anteriormente mencionados, por sua origem popular, rural e localizada em determinadas regiões, têm caráter explicitamente folclórico, talvez não se possa dizer o mesmo de um ritmo como o chorinho. O Chorinho surge no Rio de Janeiro, então capital federal, e deriva de uma interpretação da polca. Tornou-se popular, junto com as modinhas, por volta de 1870, com conjuntos que acompanhavam serenatas com violão, cavaquinho e flauta. É cultivado até os dias de hoje, tanto que em São Paulo e no Rio de Janeiro há casas noturnas especializadas em chorinhos ou que oferecem alguma noite da semana especificamente a este gênero.

O samba deriva de diversos ritmos africanos e seu nome vem da palavra "semba", que quer dizer "umbigada", ou dança de roda onde os participantes se tocam pela barriga. Ao longo do século 20, o samba evoluiu e ganhou várias formas, como o samba-canção, o samba de breque, o samba enredo e, mais recentemente, o pagode. Como se disse antes, o samba tornou-se um símbolo do Brasil e sua maior expressão se dá no carnaval, em especial do Rio de Janeiro e, mais recentemente, também em São Paulo.

A bossa nova também não pode deixar de ser mencionada entre os ritmos brasileiros, inclusive por seu prestígio internacional. Bossa nova foi o nome dado a um movimento musical lançado no Rio de Janeiro no fim dos anos 1950, por cantores e compositores de classe média. Suas características mais marcantes foram dadas por João Gilberto que integrava melodia, harmonia e ritmo e uma maneira mais intimista de cantar. As letras extraíam seu lirismo do cotidiano. Além do já citado João Gilberto, teve como seus maiores expoentes Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

O que é Brasilidade

Faz algum tempo que sinto vontade de criar esse blog. Procurando "brasilidade" na internet achei blogs que falam de política, que fazem críticas, falam de decoração, etc etc, mas não achei algum que falasse apenas da cultura brasileira, tão bonita, rica e pouco valorizada.
Pra começar, ta aí a definição do dicionário de Brasilidade:

Brasilidade : (Brasil, topónimo + -idade)
s. f.
1. Qualidade própria do brasileiro e do Brasil.
2. Sentimento de amor ao Brasil.

Sinónimo Geral: brasileirismo

(fonte:Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)